Partindo deste contexto, além do acesso às tecnologias sociais de captação de água de chuva para consumo e para a produção de alimentos agroecológicos, a Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) tem buscado trabalhar a formação contextualizada junto às famílias agricultoras, por acreditar que esta tem se constituído como diferencial para a construção do Semiárido como um lugar de sonhos.

Como organização membro da ASA, o Centro de Agroecologia no Semiárido (CASA), tem seguido esta mesma premissa. Assim, nos seus 16 anos de história, tem se preocupado em potencializar os processos formativos, especialmente para garantir a construção coletiva do conhecimento a partir das trocas de experiências entre as próprias famílias agricultoras.

Foi pensando nesta questão, que o CASA realizou no dia 09/11, o Encontro Comunitário Municipal do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2), com participação de 60 pessoas dos municípios de Guanambi e Sebastião Laranjeiras, beneficiárias diretas das tecnologias sociais de captação de água de chuva para a produção de alimentos (cisternas modelo calçadão e enxurrada e barreiro trincheira familiar).

O referido encontro, realizado na comunidade de Novilha, Guanambi, teve como objetivo, além de dialogar sobre as metas/etapas do P1+2, aprofundar reflexões sobre a política de Agroecologia e Convivência com o Semiárido, sobre gênero e relações de igualdade na Agricultura Familiar, geração de renda e estratégias de comercialização da produção, tendo como enfoque a história de luta da Rede ASA.

Para Ana Angélica, assistente admistrativa do CASA,

“o encontro possibilitou a troca de experiência entre as famílias dos municípios de Guanambi e Sebastião Laranjeiras, principalmente através do trabalho de grupo para apontar as mudanças ocorridas a partir da conquista das tecnologias de acesso à água de consumo e produção. Foi uma oportunidade de discutir sobre a divisão sexual do trabalho no âmbito da agricultura familiar, principalmente sobre o papel produtivo e reprodutivo da mulher. Também foi importante destacar a exibição do vídeodecumentário “Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2): O papel das tecnologias sociais de captação de água de chuva”, produzido pelo CASA, que conta com a participação de um representante da Comissão Executiva Municipal (CEM) e de uma beneficiária do Programa, possibilitando aos/às presentes, perceberem que o Semiárido pode ser cotado e comunicado por sua gente”.

“É no Semiárido que a VIDA PULSA! É no Semiárido que o POVO RESISTE!”

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Por: Juliano Vilas Boas / Comunicador Popular