Por: Juliano Vilas Boas / Guanambi-BA, 12/020/2019
O Centro de Agroecologia no Semiárido (CASA), realizou em Guanambi-BA, nos dias 07 e 08 de fevereiro de 2018, o Encontro Territorial do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2) e do Projeto Cisternas Alto Sertão, com o tema “ÁGUA DE BEBER E ÁGUA DE PLANTAR: Contribuições das tecnologias sociais para a melhoria da qualidade de vida no Semiárido”.
O encontro contou com a participação de cerca de 60 pessoas, sendo agricultoras e agricultores familiares beneficiárias/os com as tecnologias de primeira água, através do Projeto Cisternas Alto Sertão e de segunda água, através P1+2, membros das Comissões Executivas Municipais e representações de poderes públicos dos municípios de Guanambi, Sebastião Laranjeiras, Matina, Malhada, Pindaí, Urandi, Candiba, Palmas de Monte Alto e Iuiú.
Considerando o atual momento político, o que remete à necessidade de atuação em rede, o encontro teve como objetivo, dialogar sobre a Política de Convivência com o Semiárido, com destaque para as contribuições das tecnologias sociais de captação de água de chuva para a melhoria da qualidade de vida no Semiárido.
Temas como “Segurança alimentar e nutricional”, “Convivência com o Semiárido x combate à seca”, “Gênero, patriarcado e relações de trabalho na Agricultura Familiar”, “Política territorial e os desafios do Território Sertão Produtivo” e “Comercialização da Agricultura Familiar e Economia Solidária”, contribuíram para fortalecer a construção coletiva do conhecimento, bem como para pensar em estratégias de superação dos desafios da conjuntura atual.
Ao avaliar o encontro, a agricultora familiar Maria Salete Gomes Pereira, da comunidade de Passagem Funda, município de Palmas de Monte Alto, afirmou o seguinte:
O encontro foi muito bom. Sentimos cada membro como se fosse uma família. O CASA é a sigla da nossa casa e é como se a gente convivesse nela. Então a gente é uma família só. A ASA é uma sigla que significa que a gente pode voar mais longe. E aqui no encontro, é muito importante a gente participar, porque aqui trabalha não só como cuidar das caixa cisterna, que é um benefício muito bom, uma dádiva de Deus. Também trabalha a percepção de todo ser da gente, como a gente deve cuidar da família, trabalha com o psicológico da gente. Aqui a gente sai tratada, a mente, o corpo. A gente sai se sentindo gente. Eu até comentei com uma colega: aqui eu mim senti gente, me senti acolhida. Desde o dia que o rapaz (o animador de campo) apareceu na minha casa para fazer o cadastro, eu me senti acolhida por esse órgão. Então eu só peço a Deus que venha a crescer a cada dia, que possa abençoar todos, que possam levar uma esperança na casa de cada um. Que Deus possa abençoar nossas autoridades, que possa soltar mais projetos pra beneficiar os menos favorecidos. Eu sou uma das que era menos favorecida e hoje eu me sinto como gente. Então me senti acolhida aqui e quero agradecer a todos que nos acolheu, que são pessoas que sente na pele a necessidade da gente.
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