ENCONTRO TERRITORIAL CISTERNAS NAS ESCOLAS DO CASA

 

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Com o objetivo de refletir sobre o fortalecimento das ações de convivência com a região semiárida, no dia 18 de julho de 2017, o Centro de Agroecologia no Semiárido (CASA), realizou o Encontro Territorial do Programa Cisternas nas Escolas, com o tema: “Cisternas Escolares e Educação Contextualizada para a Convivência com o Semiárido”.

O encontro contou com a participação de mais de 50 pessoas, representando Comissões Municipais da ASA, poder público municipal, diretores(as), educadores(as) e coordenações pedagógicas das escolas do campo dos 06 municípios contemplados com o Programa Cisternas nas Escolas (Licínio de Almeida, Urandi, Iuiú, Sebastião Laranjeiras, Caetité e Riacho de Santana), Conselho de Desenvolvimento do Sertão Produtivo (CODESP), Universidade do Estado da Bahia (UNEB) – Campus de Guanambi e IF Baiano – Campus de Guanambi, além da participação de pedreiros da ASA.

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O evento iniciou com o café da manhã e credenciamento dos(as) participantes e, logo em seguida, houve um momento de animação e apresentação da proposta do encontro. Posterior, compôs-se a mesa de abertura com representações da Diretoria do CASA, Polo Sindical de Guanambi, Comissões Municipais da ASA e Agricultura Familiar, IF Baiano, Território Sertão Produtivo (CODESP), educador de uma escola do campo e poder público municipal dos municípios de abrangência do programa.

Findando a apresentação e saudação da mesa de abertura, fomos agraciados(as) com uma mesa de debates isite 2ntitulada “Diálogos sobre educação contextualizada para a convivência com o Semiárido”, com Domingos Rodrigues da Trindade, Dr. em Educação e professor da UNEB Guanambi e Priscila Teixeira da Silva, Mestranda em Educação e Contemporaneidade e professora da UNEB Guanambi,  coordenada por Tatyane Gomes Marques, Doutoranda em Educação, professora da UNEB e integrante da diretoria do CASA.

Entre estes diálogos, podemos citar o atual contexto da educação do e no campo, especialmente sobre as condições de acesso e qualidade do ensino, o movimento de fechamento das escolas do campo, o papel das tecnologias sociais e educação contextualizada para a convivência com a região semiárida, entre outros.

Os diálogos foram enriquecidos com a participaçãoda plenária, oportunidade em que se refletiu sobre as realidade dos municípios, bem como os desafios e perspectivas para a garantia da educação do campo e no campo com qualidade e para a implementação do Cisterna nas Escolas.

Ao final do período da manhã, o debate se deu em torno da organização, etapas, objetivos e compromissos da sociedade e do poder público para o bom desenvolvimento do programa. Atividade que continuou no período vespertino, possibilitando aos(às) presentes, tirarem dúvidas e aprofundarem as reflexões sobre a importância do Cisterna nas Escolas para os municípios, especialmente para as escolas do campo, na perspectiva do fortalecimento das ações de convivência, que fazem do Semiárido um lugar de esperança e possibilidades.

E chegando ao final do encontro, fez-se um momento de avaliação. De acordo com os(as) participantes, o encontro foi de grande relevância por permitir um diálogo entre sociedade e poder público em torno de uma mesma causa, pelo domínio e segurança dos conteúdos debatidos, possibilitando a compreensão de que a educação contextualizada é uma luta coletiva e não isolada/individual, por possibilitar a construção coletiva do conhecimento em torno das ações de convivência com Semiárido, pela recepção e metodologia que não deixou o evento cansativo, pela comunhão na luta por um Semiárido mais justo e mais solidário, pelas provocações e inquietações que permitiram reflexões que nos fizeram sair da “zona de conforto”, entre outros elementos.

Por fim, apreciamos e degustamos a literatura de cordel, produzida pelos(as) participantes durante o encontro, o que nos faz perceber ainda mais as riquezas e belezas do povo das terras semiáridas.

CISTERNAS EM VERSOS

Essa turma do CASA
Que nos chamou pra cá
Chegou de mansinho, mas
Veio pra ficar

De conversa com doutores
Experiências a somar
Que comida gostosa
Deus me livre de engordar

Tudo entendemos
Estamos lá a esperar
Logo aqui vamos voltar

Por:

Gildilene Pedro Rodrigues Botelho
Secretária Municipal de Educação, Cultura, Esporte e Lazer – Urandí-BA

ONDE O MORNO VIROU BRASA

Para não passar em branco
Quero aqui aproveitar
A avaliação que fiz
Neste encontro singular
Reforço os pontos positivos
E quero parabenizar
A Zé Coqueiro e Juliano
E a toda equipe do Casa
Hoje aqui o nosso encontro
De morno já virou brasa.

Gosto muito de cordel
Que que como brasa vive em chama
Hoje foi no improviso
Para não perder a manha
Prometo bem caprichar
E um lindo cordel montar
Em nosso encontro de Piranhas.

Lucimara Rocha

Coordenadora Pedagógica da Escola Municipal Manoel da Nobrega
Comunidade de Piranhas – Sebastião Laranjeiras/BA.

TERRITORIALIZANDO EM VERSOS

(na chegada)

Entonces companheirada
E o que eu quero dizer
Do Cisternas nas Escolas
Esse espaço de aprender

Aprender que o semiárido
Não é feio e nem esquisito
E tendo políticas públicas
Ele se torna mais bonito

Falar de política pública
É falar de educação
E sendo contextualizada
Fica pra lá de bom

Pra falar de educação contextualizada – do campo
É preciso mudar a lógica
Garantindo à toda comunidade escolar
Uma outra formação pedagógica
Que respeite o povo do campo e semiárido
Bem do jeito que ele é
Que trabalha de chuva pra garantir na mesa dos(as) brasileiros(as)
A janta, o almoço e o café

(no envio)

Obrigado a você que veio
Deste encontro participar
O programa só funciona
Se você nos ajudar

Se você nos ajudar
Esta luta vai em frente
Neste encontro de hoje
Nós plantamos a semente

Nós plantamos a semente
Deste novo educar
Maravilhoso programa
O Cisterna Escolar

O Cisterna Escolar
Não é nenhuma aventura
Nós vamos sair do morno
Vamos abrir a fervura
Este é o povo do Semiárido
Povo cheio de ternura

Educação contextualizada
É tarefa de todos(as) nós
Poder público e sociedade
Vamos desatar os nós
Se estivermos organizados
Ninguém cala a nossa voz

Por:
Juliano da Silva Vilas Boas

Texto: Juliano da Silva Vilas Boas                                                                                                                                           Monitor Pedagógico do Programa Cisternas nas Escolas – Centro de Agroecologia no Semiárido (CASA)

1 Comentário

  1. rosenilda disse:

    Estive neste encontro, muito aprendizado!!!

Comentários

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